Ando apaixonada por Anais Nin. Seus escritos são um presente neste tempo martelado de questionamentos e mergulhos em águas profundas. Sábia e corajosa mulher, que ousor romper algumas das duras amarras morais da década de 30.
Deixo um pouquinho dela, e do que anda permeando meus pensamentos neste início de mês, que resolveu trazer o alento das águas e resfresco da umidade:
O ímpeto de crescer e viver intensamente, foi tão forte em mim, que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional! É louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante,com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar.
E na foto um registro das minhas redes de ler e deixar flutuar os pensamentos.