domingo, 3 de outubro de 2010

Erupções


Ando apaixonada por Anais Nin. Seus escritos são um presente neste tempo martelado de questionamentos e mergulhos em águas profundas. Sábia e corajosa mulher, que ousor romper algumas das duras amarras morais da década de 30. 

Deixo um pouquinho dela, e do que anda permeando meus pensamentos neste início de mês, que resolveu trazer o alento das águas e resfresco da umidade:

 O ímpeto de crescer e viver intensamente, foi tão forte em mim, que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos.  A vida não é racional! É louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela.  Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação.  A verdade é que sou inconstante,com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar.

E na foto um registro das minhas redes de ler e deixar flutuar os pensamentos.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Anais Nin... Caio Fernando Abreu...
    estão aqui em minha prateleira.

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  3. inspirador esse trecho de Anais Nin, ou melhor, instigante! Nos dá vontade de ir mais a fundo, de nos descobrirmos, sermos livres com nossas emoções. Particularmente, corajoso! Só é preciso abrir os braços sem medos e preconceitos. Se descobrir, se deixar. Gostei do blog e das fotos, simples assim! Voltarei mais vezes.

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